Contraste
Diminuir fonte Aumentar fonte

Suplementos: o que é, quando usar e como funcionam

6 minutos de leitura

Suplementos: o que é? Essa pergunta é cada vez mais comum em tempos em que a busca por saúde e bem-estar tem crescido. Dos atletas aos idosos, dos estudantes aos profissionais ocupados — muitas pessoas recorrem a suplementos alimentares para melhorar a disposição, fortalecer a imunidade ou complementar a dieta.

Mas o que exatamente são os suplementos? Eles funcionam mesmo? São sempre necessários? E como escolher com segurança?

Neste texto, vamos esclarecer essas e outras dúvidas com informações baseadas em fontes confiáveis, para que você possa entender melhor o papel dos suplementos e fazer escolhas conscientes.

O que são suplementos?

De forma simples, suplementos alimentares são produtos desenvolvidos para complementar a alimentação. Eles fornecem nutrientes que podem estar ausentes ou insuficientes na dieta diária, como vitaminas, minerais, proteínas, fibras, aminoácidos, ácidos graxos e probióticos¹.

Esses produtos são regulamentados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil, que define padrões de segurança e rotulagem para garantir o consumo adequado².

É importante lembrar: suplemento não substitui refeição, e seu uso deve ser feito com acompanhamento profissional — principalmente em casos de condições clínicas específicas ou uso contínuo.

Para que servem os suplementos?

Os suplementos podem ter diferentes funções, dependendo da sua composição e do perfil da pessoa que os consome. Veja alguns exemplos:

1. Corrigir deficiências nutricionais

Pessoas com dietas restritivas, como vegetarianos e veganos, podem apresentar deficiência de nutrientes como vitamina B12, ferro ou ômega-3. Suplementos podem ajudar a prevenir ou corrigir essas carências³.

2. Apoiar a saúde em fases específicas da vida

  • Gestantes podem precisar de ácido fólico para prevenir má-formações no bebê;
  • Idosos podem se beneficiar da vitamina D e cálcio para manter os ossos fortes;
  • Crianças em fase de crescimento podem receber suplementação de ferro, se indicado pelo pediatra.

3. Apoiar o desempenho físico

Atletas e praticantes de atividade física podem usar suplementos como proteína, creatina ou eletrólitos para melhorar a recuperação muscular, hidratação e desempenho físico⁴.

4. Apoiar o sistema imunológico ou funções cognitivas

Suplementos com vitaminas C, D, zinco e probióticos são populares em épocas de baixa imunidade. Outros, como os com ômega-3, podem estar associados à função cerebral e concentração⁵.

Quais são os tipos mais comuns de suplementos?

Suplementos vitamínicos e minerais

São os mais conhecidos, geralmente usados para reforçar a ingestão de nutrientes essenciais. Podem conter uma única substância (como vitamina D) ou uma combinação (como multivitamínicos).

Suplementos proteicos

Indicados para quem precisa aumentar o consumo de proteínas, como atletas ou idosos com perda de massa muscular. Incluem whey protein, caseína e proteínas vegetais (como ervilha e arroz).

Suplementos de fibras

Auxiliam no funcionamento do intestino e controle da saciedade, sendo úteis para quem consome poucas frutas, legumes e grãos integrais.

Suplementos de ácidos graxos (como ômega-3)

Contribuem para a saúde cardiovascular, cerebral e anti-inflamatória. São extraídos de fontes como peixes ou sementes (linhaça, chia).

Probióticos

Contêm micro-organismos vivos que promovem equilíbrio da flora intestinal, podendo melhorar a digestão, absorção de nutrientes e imunidade⁶.

Suplementos: quando são indicados?

Nem toda pessoa precisa de suplemento. A alimentação equilibrada deve ser sempre a prioridade, mas em alguns casos, a suplementação se torna necessária:

  • Em dietas com restrições alimentares (vegetarianismo, alergias, intolerâncias);
  • Em fases de alta demanda física ou mental (atletas, estudantes em época de prova);
  • Em condições clínicas que afetam a absorção de nutrientes (como doenças intestinais);
  • Durante a gestação e lactação, sob orientação médica;
  • Na terceira idade, quando há maior risco de perda muscular e óssea.

⚠️ Importante: o uso indiscriminado de suplementos pode ser prejudicial. O excesso de algumas vitaminas ou minerais pode causar efeitos colaterais e sobrecarregar o fígado e os rins⁷. Consulte seu médico antes de incluir um suplemento na dieta.

Como usar suplementos com segurança?

Consulte um profissional

Antes de iniciar qualquer suplementação, é fundamental buscar orientação com médicos, nutricionistas ou farmacêuticos habilitados. Eles podem solicitar exames, avaliar sua alimentação e indicar a dose adequada.

Leia os rótulos com atenção

Atenção à quantidade de nutrientes por dose, à forma de uso (com ou sem alimentos), ao prazo de validade e à presença de alergênicos, como lactose ou glúten.

Cuidado com promessas milagrosas

Desconfie de produtos que prometem curas, emagrecimento rápido ou aumento instantâneo de energia. Suplemento não é medicamento — ele complementa uma rotina saudável, não substitui hábitos ou tratamentos.

Conclusão

Suplementos: o que é, afinal? São aliados valiosos quando usados com consciência, informação e orientação profissional. Eles não substituem uma alimentação balanceada, mas podem ajudar a suprir carências nutricionais e apoiar o corpo em fases de maior exigência.

Se você está considerando usar um suplemento, converse com um profissional de saúde, cuide da sua alimentação e mantenha hábitos saudáveis no dia a dia.

💙 Para mais conteúdos sobre saúde, qualidade de vida e bem-estar, siga a Supera Farma nas redes sociais e fique por dentro das nossas dicas informativas!

Fontes

  1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Suplementos Alimentares. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa
  2. ANVISA. RDC Nº 243/2018 – Regulamento técnico para suplementos alimentares.
  3. Sociedade Brasileira de Nutrição. Guia de Suplementação Nutricional.
  4. International Society of Sports Nutrition (ISSN). Position Stand on Protein and Exercise.
  5. National Institutes of Health (NIH) – Office of Dietary Supplements. https://ods.od.nih.gov
  6. Gibson, G. R. et al. (2017). The concept of the gut microbiome and probiotics. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology.
  7. Organização Mundial da Saúde (OMS). Guia de Suplementação de Micronutrientes.