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Testosterona baixa: sintomas, causas e tratamentos

6 minutos de leitura

A testosterona baixa é uma condição que pode afetar homens e mulheres, embora seja mais comum no público masculino. Esse hormônio desempenha um papel essencial em diversas funções do organismo, como desenvolvimento muscular, produção de energia, saúde óssea e até bem-estar emocional.

Quando os níveis caem abaixo do ideal, sintomas como cansaço excessivo, perda de massa muscular e queda da libido podem surgir. Por isso, entender testosterona baixa: sintomas, causas e tratamentos é fundamental para identificar o problema e buscar soluções adequadas.

Neste texto, vamos explicar como a testosterona atua no corpo, quais sinais indicam alterações, além dos principais exames e tratamentos disponíveis.

O que é testosterona e qual sua importância?

A testosterona é um hormônio esteroide produzido principalmente nos testículos (nos homens) e em menores quantidades nos ovários e glândulas adrenais (nas mulheres). Ela está ligada a funções como:

  • Desenvolvimento de características sexuais masculinas, como voz grave e pelos corporais
  • Aumento da massa muscular
  • Produção de espermatozoides
  • Manutenção da densidade óssea
  • Regulação do humor e da disposição

Ter níveis adequados é essencial não apenas para a saúde sexual, mas também para o bom funcionamento geral do organismo¹.

Testosterona baixa: sintomas mais comuns

Reconhecer os sinais é o primeiro passo para buscar ajuda médica. A seguir, listamos os sintomas da testosterona baixa que mais afetam o dia a dia:

1. Fadiga e falta de energia

A queda nos níveis de testosterona está diretamente ligada ao cansaço constante, mesmo após noites de sono adequadas².

2. Redução da massa muscular e aumento da gordura corporal

Esse hormônio tem papel essencial na manutenção da força e da massa magra. Quando está baixo, pode ocorrer diminuição muscular e aumento de gordura, principalmente abdominal³.

3. Queda da libido e disfunção erétil

Entre os sintomas mais conhecidos da testosterona baixa estão a diminuição do desejo sexual e a dificuldade em manter ereções⁴.

4. Alterações emocionais

Mudanças de humor, irritabilidade, ansiedade e até sintomas de depressão podem estar associados ao desequilíbrio hormonal⁵.

5. Diminuição da densidade óssea

A longo prazo, a falta de testosterona pode favorecer a osteopenia e até a osteoporose, aumentando o risco de fraturas⁶.

6. Outros sinais importantes

  • Queda de pelos corporais
  • Dificuldade de concentração
  • Redução do volume testicular
Fonte da Imagem: Canva.

Causas da testosterona baixa

Existem várias razões para a redução desse hormônio. Algumas são naturais, como o envelhecimento, mas outras estão relacionadas a doenças ou ao estilo de vida.

1. Envelhecimento

Os níveis de testosterona começam a cair gradualmente a partir dos 30 anos, em média 1% ao ano. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento⁷.

2. Doenças crônicas

Condições como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono podem contribuir para a redução da produção de testosterona⁸.

3. Alterações nos testículos ou hipófise

Problemas nos testículos, como traumas ou infecções, e alterações na hipófise, responsável pelo controle hormonal, podem levar à deficiência⁹.

4. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, como corticoides e opioides, também estão associados à diminuição dos níveis hormonais¹⁰.

5. Estilo de vida

Sedentarismo, má alimentação, consumo excessivo de álcool, tabagismo e estresse elevado têm impacto direto na saúde hormonal¹¹.

Como diagnosticar a testosterona baixa?

O diagnóstico deve ser feito por um médico, geralmente endocrinologista ou urologista. O processo inclui:

  • Anamnese detalhada: avaliação dos sintomas e histórico de saúde
  • Exames laboratoriais: medição dos níveis de testosterona total e livre no sangue
  • Exames complementares: em alguns casos, são solicitados exames de imagem ou análises hormonais adicionais

É importante destacar que os sintomas isolados não confirmam o diagnóstico, pois é necessário comprovar a alteração hormonal em exames de sangue realizados pela manhã, quando os níveis estão mais altos¹².

Tratamentos para testosterona baixa

1. Mudanças no estilo de vida

Em casos leves, ajustes simples podem ajudar a melhorar os níveis hormonais, como:

  • Manter uma alimentação rica em proteínas, vitaminas e minerais
  • Praticar atividade física regularmente, principalmente exercícios de resistência
  • Dormir bem e evitar o estresse excessivo¹³

2. Tratamento medicamentoso

Quando necessário, o médico pode indicar a terapia de reposição de testosterona (TRT). Esse tratamento pode ser feito por meio de:

  • Géis ou cremes
  • Injeções intramusculares
  • Adesivos transdérmicos

A reposição deve ser acompanhada de perto por um profissional, pois pode trazer riscos, como aumento da viscosidade sanguínea e efeitos sobre a próstata¹⁴.

3. Tratamento das causas associadas

Se a testosterona baixa estiver ligada a condições como obesidade, diabetes ou apneia do sono, o controle dessas doenças pode melhorar os níveis hormonais.

Fonte: Canva

Consequências de não tratar a testosterona baixa

Ignorar o problema pode gerar complicações a longo prazo, como:

  • Maior risco de doenças cardiovasculares
  • Fragilidade óssea
  • Piora da saúde mental
  • Redução da fertilidade

Por isso, é fundamental procurar acompanhamento médico sempre que os sintomas aparecerem.

Conclusão

A testosterona baixa pode impactar diretamente a saúde física, emocional e sexual. Os sintomas de testosterona baixa incluem fadiga, perda de massa muscular, queda da libido e alterações de humor. Felizmente, existem estratégias eficazes para diagnóstico e tratamento, desde mudanças no estilo de vida até a reposição hormonal, sempre com supervisão médica.

Se você desconfia de alterações hormonais, não adie sua avaliação. Converse com um especialista, cuide da sua saúde e busque qualidade de vida.

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Referências:

1- Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
2- Mayo Clinic.
3- Harvard Health Publishing.
4- Cleveland Clinic.
5- American Urological Association.
6- National Institutes of Health.
7- Endocrine Society.
8- Diabetes Care Journal.
9- European Association of Urology.
10- FDA – Food and Drug Administration.
11- OMS – Organização Mundial da Saúde.
12- Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
13- Harvard Medical School.
14- Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).