Campanha Janeiro Branco: um compromisso com a saúde mental
Todo início de ano carrega simbolismos de renovação, metas e recomeço. Nesse contexto, a Campanha Janeiro Branco ganha especial relevância ao propor que a saúde emocional seja colocada como prioridade desde o primeiro mês do ano. Criado em 2014 por um grupo de psicólogos, o movimento tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a importância do cuidado com a saúde mental¹.
Desde 2023, o Janeiro Branco foi incluído no calendário oficial por meio da Lei 14.556/23, tornando-se uma campanha institucionalizada e reconhecida nacionalmente. Portanto, isso reforça a necessidade de ações coletivas e contínuas que promovam bem-estar psicológico².
Por que a saúde mental precisa ser pauta prioritária?
Segundo premissas amplamente apoiadas por organizações de saúde, saúde mental não é apenas ausência de transtornos — ela representa um estado de bem-estar que permite ao indivíduo lidar com as exigências da vida, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a sua comunidade³.
No Brasil:
- Estimativas apontam que até 5,8% da população apresenta depressão, taxa considerada elevada⁴.
- Já os transtornos de ansiedade atingem cerca de 9,3% da população, o que coloca o país entre os de maior incidência mundial⁴.
Sendo assim, esses dados reforçam a urgência de promover ações preventivas e educativas, não apenas quando há sofrimento evidente, mas também para conscientização, acolhimento e suporte.

O papel da Campanha Janeiro Branco
A escolha da cor branca simboliza um “recomeço” — uma folha em branco onde novos capítulos de vida podem ser escritos. Essa simbologia busca inspirar reflexão e mudança de hábitos emocionais⁵.
Então, o foco da campanha é estimular o diálogo aberto sobre emoções, incentivar a busca por ajuda quando necessário e promover a valorização da saúde mental como prioridade coletiva³.
Para 2026, a campanha convocou as pessoas a se tornarem “Mobilizadores Locais” para levar a mensagem de saúde mental para suas comunidades.
Como empresas podem fortalecer a Campanha Janeiro Branco
Embora sua origem esteja ligada ao campo da psicologia, a campanha evoluiu para um movimento social abrangente, que pode (e deve) ser potencializado por ações de diferentes setores da sociedade, inclusive do corporativo. Em 2026, recomenda-se que instituições e empresas atuem como agentes de conscientização e impacto social. Algumas formas eficazes incluem:
- Promover comunicação educativa: criar conteúdos informativos com linguagem clara sobre saúde mental, sua importância, sinais de alerta e como buscar ajuda.
- Estimular a cultura do autocuidado e bem-estar: promover palestras, oficinas, rodas de conversa ou parcerias com profissionais da saúde mental — com cuidado para manter ética, privacidade e sensibilidade.
- Divulgar e apoiar o acesso à saúde mental: informar sobre serviços públicos, comunitários ou gratuitos disponíveis para apoio psicológico, incentivando as pessoas a procurarem ajuda.
- Criar ambientes saudáveis no trabalho: promover práticas que reduzam estresse, incentivem pausas, empatia, escuta ativa e bem-estar emocional entre colaboradores.
- Fomentar empatia, acolhimento e luta contra o estigma: estimular a compreensão de que saúde mental é tema de todos — e não um tabu — e reforçar o valor da escuta, da compreensão e do apoio social.
Essas iniciativas ajudam a tornar a campanha mais do que simbólica: transformam-na em mudança real na cultura social.

Foco estratégico para campanhas de 2026
Para dar continuidade à Campanha Janeiro Branco e tornar o cuidado com saúde mental uma prática constante, é recomendável:
- Priorizar a prevenção e educação emocional;
- Trabalhar o combate ao estigma e à desinformação;
- Garantir inclusão de públicos vulneráveis;
- Incentivar o autocuidado e bem-estar nas famílias, nas empresas e nas comunidades;
- Promover ações contínuas — não apenas em janeiro — para manter o tema vivo no cotidiano.
Por que a saúde mental não pode ser pauta apenas em janeiro
Embora campanhas mensais ajudem a mobilizar a sociedade, os desafios à saúde mental não seguem calendário. Problemas como ansiedade, depressão ou burnout podem surgir a qualquer momento — às vezes silenciosamente.
Portanto, encare a Campanha Janeiro Branco como um ponto de partida, e não como um fim. Quando a discussão se estende ao longo do ano, com engajamento real da sociedade, instituições e empresas, é possível transformar o cuidado com a mente em parte da cultura coletiva.
Como dar continuidade ao movimento ao longo do ano
Para transformar o impacto da campanha em prática duradoura, algumas estratégias eficazes envolvem:
- Inserir a saúde mental em planejamentos anuais de comunicação institucional ou corporativa;
- Promover conteúdo sobre saúde emocional em datas complementares;
- Incentivar diálogo interno e espaços de escuta em empresas, comunidades e famílias;
- Apoiar, divulgar ou participar de iniciativas comunitárias e políticas públicas voltadas ao bem-estar psicológico;
- Manter o compromisso com a informação ética e acessível, respeitando a privacidade e a diversidade.
Conclusão
A Campanha Janeiro Branco não é apenas um símbolo — é um convite à ação, reflexão e cuidado com a saúde emocional. Por meio de conscientização, empatia, informação e práticas contínuas, qualquer instituição — seja empresa, escola, organização ou comunidade — pode contribuir para uma cultura de bem-estar mental.
Para 2026, torna-se fundamental que a sociedade transforme intenções em atitudes concretas, tornando a saúde mental parte do cotidiano, com responsabilidade, respeito e compromisso genuíno.
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Referências:
1- Gov.br – acesso em 27/11/2025
2- Câmara dos deputados – acesso em 27/11/2025
3- Secretaria da saúde – acesso em 27/11/2025
4- HCFamema – acesso em 27/11/2025
5- Institutoagf – acesso em 27/11/2025
