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Quando procurar um mastologista?

7 minutos de leitura

A saúde das mamas é um assunto que merece atenção durante toda a vida. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quando procurar um mastologista, quem deve fazer isso e qual a função desse especialista. Não é incomum, por exemplo, que pacientes só marquem uma consulta quando já estão com sintomas, dor ou alterações visíveis — o que pode atrasar um diagnóstico precoce de doenças como o câncer de mama.

Neste texto, vamos explicar de forma clara e objetiva qual é o papel do mastologista, em que situações é importante buscá-lo e por que esse cuidado não deve ser adiado. Continue a leitura e tire suas dúvidas!

O que faz um mastologista?

O mastologista é o médico(a) especializado na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças que acometem as mamas. Isso inclui tanto condições benignas — como nódulos, cistos, inflamações e alterações hormonais — quanto doenças mais graves, como o câncer de mama.

Apesar de ser mais associado ao universo feminino, o mastologista também atende homens, já que, embora mais raro, o câncer de mama masculino existe e precisa ser diagnosticado precocemente.

Além disso, esse especialista pode atuar de forma conjunta com ginecologistas, oncologistas, cirurgiões e radiologistas, dependendo do caso. Assim, ele é uma peça fundamental para garantir uma abordagem completa e segura à saúde mamária.

Quando procurar um mastologista?

Muitas pessoas ainda acreditam que é necessário estar com algum problema para marcar uma consulta com o mastologista. No entanto, assim como outros especialistas, esse profissional também atua na medicina preventiva — o que significa que você não precisa esperar os sintomas aparecerem para buscar ajuda.

A seguir, listamos os principais momentos em que é recomendado procurar um mastologista:

1. Quando há histórico familiar de câncer de mama

Se você tem casos de câncer de mama na família, especialmente em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha), a consulta com um mastologista deve começar mais cedo. Isso porque o histórico familiar é um dos fatores de risco mais relevantes para o desenvolvimento da doença.

Nesses casos, o médico pode recomendar o início precoce de exames como a mamografia ou a ressonância magnética das mamas. Além disso, ele pode indicar o acompanhamento genético, se houver suspeita de mutações como as dos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam consideravelmente o risco de câncer.

2. Ao perceber alterações nas mamas

Qualquer mudança nas mamas deve ser avaliada por um mastologista. Mesmo que pareça algo simples, é essencial investigar para ter segurança no diagnóstico. Fique atenta a sinais como:

  • nódulos ou caroços palpáveis;
  • dor persistente;
  • secreção pelos mamilos (especialmente se for sanguinolenta);
  • inversão do mamilo;
  • pele da mama com aspecto enrugado, avermelhado ou endurecido;
  • inchaço localizado ou assimetria recente.

É importante ressaltar que, embora nem toda alteração indique câncer, somente o médico pode avaliar com precisão o que está acontecendo. Por isso, quanto antes a consulta for marcada, melhor.

Fonte: Canva

3. Para realização de exames preventivos

A prevenção é uma das melhores estratégias contra o câncer de mama. A recomendação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Mastologia é que mulheres entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. No entanto, dependendo do histórico familiar ou de outros fatores de risco, o mastologista pode indicar o início mais precoce da rotina de exames.

Além da mamografia, o especialista pode solicitar ultrassonografia, ressonância magnética ou biópsias, sempre que necessário. A consulta regular também é uma oportunidade para esclarecer dúvidas, receber orientações sobre o autoexame e discutir hábitos saudáveis que ajudam na prevenção.

4. Durante a adolescência ou início da vida adulta

Você sabia que adolescentes e mulheres jovens também podem procurar o mastologista? É verdade que o risco de câncer de mama nessa fase é bem menor, mas outras condições — como mastite, nódulos benignos e dor nas mamas associada ao ciclo menstrual — são comuns.

Além disso, muitas jovens têm dúvidas sobre o desenvolvimento das mamas, assimetrias ou alterações que consideram “estranhas”, e um especialista pode ajudar a entender o que é normal e o que merece atenção.

5. Durante a gestação e amamentação

A gestação e o período de amamentação trazem uma série de mudanças nas mamas. Por isso, ao notar inchaços, vermelhidão, dor ou febre local, o mastologista deve ser consultado. A mastite puerperal, por exemplo, é uma inflamação comum no pós-parto e precisa ser tratada adequadamente para não evoluir.

O acompanhamento nesse momento da vida também pode ajudar mães a se sentirem mais seguras quanto à amamentação, entender as alterações fisiológicas e prevenir complicações.

6. Após os 40 anos, mesmo sem sintomas

Mesmo sem apresentar nenhum sintoma ou histórico familiar, mulheres a partir dos 40 anos devem conversar com seu médico sobre o início da avaliação mastológica regular. Isso porque a incidência de câncer de mama aumenta com a idade, e a detecção precoce é o fator que mais contribui para o sucesso do tratamento.

Muitas mulheres adiam essa consulta por medo, falta de tempo ou desconhecimento. Contudo, ao tornar esse cuidado parte da sua rotina, é possível garantir mais tranquilidade e saúde no longo prazo.

O que esperar de uma consulta com o mastologista?

A primeira consulta geralmente envolve uma conversa detalhada sobre:

  • histórico médico e familiar;
  • sintomas ou queixas recentes;
  • uso de medicamentos e anticoncepcionais;
  • hábitos de vida.

Depois disso, o médico realiza o exame clínico das mamas — ou seja, apalpa cuidadosamente a região para verificar se há alterações, nódulos ou secreções. Caso julgue necessário, ele solicitará exames complementares, como mamografia ou ultrassonografia.

Se algum exame indicar algo suspeito, o mastologista pode encaminhar o paciente para uma biópsia, que é o procedimento que confirma ou descarta um diagnóstico de câncer. Mesmo nesses casos, é importante lembrar que nem todo nódulo é maligno — e que agir com agilidade é sempre o melhor caminho.

Fonte: Canva

Mastologista x Ginecologista: qual a diferença?

Essa é uma dúvida comum entre mulheres: por que procurar um mastologista se o ginecologista também examina as mamas?

A resposta é simples: o ginecologista é um clínico mais generalista, que pode, sim, realizar exames preventivos e indicar a mamografia. Porém, em caso de alterações ou dúvidas mais específicas, o mastologista é o profissional mais indicado, pois possui formação aprofundada nesse campo.

Inclusive, muitos ginecologistas encaminham suas pacientes para o mastologista quando encontram algo fora do esperado nos exames de rotina.

A importância de não adiar esse cuidado

Por fim, vale lembrar que quanto antes uma doença é diagnosticada, maiores são as chances de tratamento eficaz e cura. Isso é especialmente verdadeiro no caso do câncer de mama, que, quando identificado em estágios iniciais, pode ter até 95% de chances de cura.

Além disso, cuidar das mamas não é apenas uma questão estética ou de prevenção ao câncer — é também uma forma de se conhecer, de fortalecer a autoestima e de assumir o protagonismo sobre o próprio corpo.

Portanto, se você nunca foi a um mastologista, tem alguma dúvida, sente algum desconforto ou tem histórico familiar de câncer, não espere mais. Marque sua consulta e faça da sua saúde uma prioridade.

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Referências: