Sedentarismo e obesidade: perigos e como combater

Sedentarismo e obesidade: perigos e como combater

O sedentarismo e a obesidade são problemas graves e que em muitos dos casos, andam juntos. Vamos falar um pouco sobre cada um dos problemas, assim como dar dicas de como combatê-los. Continue a leitura e confira!

Sedentarismo no mundo moderno

No mundo moderno, adotar a um estilo de vida sedentário é muito fácil e também, comum. A maioria de nós trabalha sentado, estuda sentado e gasta o tempo livre com passa tempos que também não demandam esforço, como assistir séries, filmes, ficar no celular e jogar vídeo games, por exemplo.

Mas nem sempre foi assim. Durante toda a evolução humana, a vida dependeu do movimento. Antes da tecnologia, o homem não tinha a opção de ficar parado. Ele precisava caçar, subir em arvores, construir abrigos… aquele que ficasse sentado o dia inteiro, não sobreviveria.

Nosso corpo se moldou para um estilo de vida ativo e, então, com a chegada da tecnologia, tudo mudou. É aí que começam a complicações.1

Sedentarismo e obesidade: perigos e como combater
Fonte: Envato – Pasanheco

O impacto no corpo

Como dito anteriormente, o corpo humano não está preparado para um estilo de vida sedentário. Isso leva a uma série de complicações. Confira a lista de 5 consequências do sedentarismo para o corpo humano:

  1. Aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como infarto ou AVC, por exemplo.
  2. Leva à perda de massa muscular por não utilizar todos os músculos, o que por sua vez desencadeia a fraqueza e reduz a capacidade de realizar atividades físicas simples como subir escadas ou carregar peso, por exemplo.
  3. Aumenta o risco de desenvolver resistência à insulina, o que pode levar a pré-diabetes ou a diabetes tipo 2.
  4. A pessoa sedentária também está mais suscetível ao sobrepeso e a obesidade, já que a ausência de exercícios leva ao aumento do percentual de gordura corporal.2
  5. Tem forte impacto no bem estar, saúde mental, desempenho e disposição, pois reduz a capacidade do cérebro de produzir a endorfina, hormônio que gera sensação de bem estar, alivia dores e aumenta a disposição física e mental.3
Sedentarismo e obesidade: perigos e como combater
Fonte: Envato – shiwork

Deixando o sedentarismo para trás

Mudar o estilo de vida não é fácil, mas certamente é necessário. Sabendo de todos os riscos que estamos expostos enquanto sedentários, é preciso pensar em estratégias para encaixar os exercícios físicos no dia a dia.

Dando o primeiro passo

Primeiramente, tenha em mente que se você não tem tempo para os exercícios físicos, precisará arrumar! Seu corpo é o que você tem de mais valioso na vida. Sem ele você não trabalha, não estuda, não passa tempo com a família ou com as pessoas que você ama. Sem ele você não existe! Portanto, se cuidar do corpo não é uma prioridade pra você até aqui, precisa passar a ser.

Pelo menos três vezes por semana, separe um tempo para os exercícios físicos. Comece pegando leve, caminhando, pedalando ou dançando por pelo menos meia hora, por exemplo. Conforme o exercício for ficando menos cansativo, aumente para 1 hora, alternando entre pequenas corridas ou aumentando o ritmo da atividade escolhida.

É importante respeitar os limites do seu corpo e não se forçar a ir até a exaustão. Lembre-se: se você está sedentário há muito tempo, se está acima do peso ou tem alguma doença cardiovascular, é importante procurar um médico antes de começar a se exercitar. O acompanhamento de um profissional de educação física também é necessário.

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Fonte: Envato – peus80

Mudando pequenos hábitos do dia a dia

Além do exercício físico, mudar pequenos hábitos do dia a dia será extremamente importante no processo. Confira três hábitos que irão te ajudar a combater o sedentarismo:

1- Permaneça menos tempo sentado

Uma alternativa para compensar o tempo que precisamos ficar sentados é, sempre que possível, fazer uma pausa, ficar de pé fazer um alongamento. No trabalho, deslocar-se para falar com colegas em vez de trocar um e-mail e atender ligações em pé também são ótimas opções.

2- Substitua as escadas rolantes e elevadores pelas escadas comuns

Essa é uma dica de ouro para quem trabalha ou mora em locais com escadas e elevadores. Se seu andar é muito alto, comece subindo alguns lances pela escada e o restante pelo elevador, aumentando a quantidade de lances conforme sua resistência vai aumentando, até abandonar o elevador de vez.

3- Faça parte do caminho diário a pé

Se você vai para o trabalho ou para a faculdade de carro, estacione algumas quadras antes do destino, fazendo o resto do caminho a pé. O mesmo vale para quem usa o transporte coletivo ou os aplicativos de transporte: desça algumas paradas antes do destino, fazendo o mesmo na hora de voltar para casa.4

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Fonte: Envato – twenty20photos

Obesidade: riscos, mitos e tratamentos

52% dos adultos brasileiros estão acima do peso. Este é um dado preocupante, já que o sobrepeso é considerado um fator de risco para a obesidade que, por sua vez, aumenta o risco de a pessoa desenvolver doenças como hipertensão arterial, diabetes, problemas ortopédicos, apneia do sono, vários tipos de câncer e complicações cardiovasculares, como o infarto e os acidentes vasculares cerebrais.

Diversos fatores levam à obesidade, e o sedentarismo é um deles. Além disso, alimentação inadequada e fatores genéticos também estão associados ao acumulo de gordura corporal.

Existe obeso saudável?

A ideia do obeso saudável surgiu de um estudo que sugeria que pessoas acima do peso, mas sem doenças associadas à obesidade, e que eram ativas no dia a dia, poderiam ser consideradas tão saudáveis quanto as pessoas magras também ativas. No entanto, esse estudo sempre foi contestado pelos especialistas, principalmente os médicos cardiologistas, até ser derrubada.

O obeso saudável é, certamente, um mito. A contradição começa quando consideramos que, atualmente, a obesidade por si só é considerada uma doença. Além disso, mesmo sem nenhum problema diagnosticado, como diabetes, colesterol elevado ou pressão alta, por exemplo, pessoas acima do peso ou obesas têm 24% mais chances de sofrerem de uma morte súbita, devido a problemas como o infarto, por exemplo.

A conclusão de que não existe obeso saudável veio de uma pesquisa realizada pela Annals for Internal Medicine, que estudou os dados de mais de 61 mil pacientes que participaram de oito estudos conduzidos por cientistas canadenses.5

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Fonte: Envato – SeDmi

O que fazer para perder peso com saúde

Antes de mais nada, tenha em mente que este é um processo que não acontece do dia pra noite. É necessário ter paciência e, acima de tudo, persistência.

1- Procure ajuda médica

O primeiro passo, certamente, é consultar um médico para fazer um check up completo. Nessa fase, é preciso descobrir se existem complicações como diabetes, pressão alta, problemas de tireoide ou colesterol alto, por exemplo.

Quando alguma (ou algumas) dessas condições estão presentes, o médico inicia o tratamento, que pode ser medicamentoso ou não, dependendo do caso. Além disso, ele também irá dar orientações sobre a prática de exercícios físicos, determinando o tipo de exercício indicado, assim como a intensidade segura para a prática.

2- Consulte um nutricionista

Outro passo importante para deixar a obesidade para trás é procurar um nutricionista. Ele irá elaborar uma dieta que funcione para você, levando em consideração seu estilo de vida e suas necessidades nutricionais.

3- Busque apoio psicológico

A terapia cognitivo-comportamental ajuda a desenvolver o autocontrole e a entender o que leva ao comportamento inadequado com a comida. O profissional irá auxiliar o obeso a encontrar alternativas saudáveis para lidar com os gatilhos que levam à episódios de compulsão alimentar.

Até mesmo pacientes que não sofrem com a compulsão alimentar podem se fazer esse tipo de terapia, já que o profissional também auxilia a identificar os sentimentos e emoções que estão por trás dos comportamentos alimentares em geral.

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Fonte: Envato – kryzhov

Quando a cirurgia bariátrica é indicada?

A cirurgia bariátrica (cirurgia de redução do estômago) é indicada para obesos com IMC (Índice de Massa Corporal) igual ou superior a 40 e que não conseguem perder peso com as dietas e exercícios físicos. Também é ideal para aqueles com o IMC entre 35 e 40, que têm duas ou mais complicações relacionadas e que também não conseguem perder peso.

Riscos da cirurgia

Primeiramente, é importante lembrar que nem tudo são flores quando o assunto é a cirurgia bariátrica. Aqui vale a regra de que não existe milagre para emagrecer. Os cuidados precisam ser intensos tanto no pré quanto no pós operatório.

Além da terapia para cuidar do que está por trás do comportamento da compulsão, o acompanhamento médico e nutricional também deve ser mantido por toda a vida. Como o paciente passa a comer menos, também diminui a ingestão e absorção de nutrientes. Nesses casos, é comum ser preciso repor as vitaminas e minerais com os suplementos, também durante toda a vida.

Portanto, o paciente que abandona o acompanhamento com os médicos, psicólogos e nutricionistas por acreditar estar livre do problema está exposto ao risco de, além de recuperar o peso perdido, sofrer com formigamentos nos pés e nas mãos, anemia, osteoporose e falhas de memória, devido a carência de nutrientes.

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Quer saber mais sobre as doenças associadas ao sedentarismo e obesidade? Então baixe nossos e-books sobre os temas:

Até a próxima! ?

 


Referências e datas de acesso:

1- Drauzio Varella – Acesso em 18/01/2021.

2- Tua Saúde – Acesso em 18/01/2021.

3- Globo Esporte – Acesso em 18/01/2021.

4- Tua Saúde – Acesso em 18/01/2021.

5- Drauzio Varella – Acesso em 18/01/2021.

6- Hospital Sírio-Libanês – Acesso em 18/01/2021.


Colaborou com este artigo:

Dr. Ricardo Hideki Nozuma

CRM: 108088

4 Seasons Medicina e Estética.