Testosterona baixa: sintomas, causas e tratamentos
A testosterona baixa é uma condição que pode afetar homens e mulheres, embora seja mais comum no público masculino. Esse hormônio desempenha um papel essencial em diversas funções do organismo, como desenvolvimento muscular, produção de energia, saúde óssea e até bem-estar emocional.
Quando os níveis caem abaixo do ideal, sintomas como cansaço excessivo, perda de massa muscular e queda da libido podem surgir. Por isso, entender testosterona baixa: sintomas, causas e tratamentos é fundamental para identificar o problema e buscar soluções adequadas.
Neste texto, vamos explicar como a testosterona atua no corpo, quais sinais indicam alterações, além dos principais exames e tratamentos disponíveis.
O que é testosterona e qual sua importância?
A testosterona é um hormônio esteroide produzido principalmente nos testículos (nos homens) e em menores quantidades nos ovários e glândulas adrenais (nas mulheres). Ela está ligada a funções como:
- Desenvolvimento de características sexuais masculinas, como voz grave e pelos corporais
- Aumento da massa muscular
- Produção de espermatozoides
- Manutenção da densidade óssea
- Regulação do humor e da disposição
Ter níveis adequados é essencial não apenas para a saúde sexual, mas também para o bom funcionamento geral do organismo¹.
Testosterona baixa: sintomas mais comuns
Reconhecer os sinais é o primeiro passo para buscar ajuda médica. A seguir, listamos os sintomas da testosterona baixa que mais afetam o dia a dia:
1. Fadiga e falta de energia
A queda nos níveis de testosterona está diretamente ligada ao cansaço constante, mesmo após noites de sono adequadas².
2. Redução da massa muscular e aumento da gordura corporal
Esse hormônio tem papel essencial na manutenção da força e da massa magra. Quando está baixo, pode ocorrer diminuição muscular e aumento de gordura, principalmente abdominal³.
3. Queda da libido e disfunção erétil
Entre os sintomas mais conhecidos da testosterona baixa estão a diminuição do desejo sexual e a dificuldade em manter ereções⁴.
4. Alterações emocionais
Mudanças de humor, irritabilidade, ansiedade e até sintomas de depressão podem estar associados ao desequilíbrio hormonal⁵.
5. Diminuição da densidade óssea
A longo prazo, a falta de testosterona pode favorecer a osteopenia e até a osteoporose, aumentando o risco de fraturas⁶.
6. Outros sinais importantes
- Queda de pelos corporais
- Dificuldade de concentração
- Redução do volume testicular

Causas da testosterona baixa
Existem várias razões para a redução desse hormônio. Algumas são naturais, como o envelhecimento, mas outras estão relacionadas a doenças ou ao estilo de vida.
1. Envelhecimento
Os níveis de testosterona começam a cair gradualmente a partir dos 30 anos, em média 1% ao ano. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento⁷.
2. Doenças crônicas
Condições como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono podem contribuir para a redução da produção de testosterona⁸.
3. Alterações nos testículos ou hipófise
Problemas nos testículos, como traumas ou infecções, e alterações na hipófise, responsável pelo controle hormonal, podem levar à deficiência⁹.
4. Uso de medicamentos
Alguns medicamentos, como corticoides e opioides, também estão associados à diminuição dos níveis hormonais¹⁰.
5. Estilo de vida
Sedentarismo, má alimentação, consumo excessivo de álcool, tabagismo e estresse elevado têm impacto direto na saúde hormonal¹¹.
Como diagnosticar a testosterona baixa?
O diagnóstico deve ser feito por um médico, geralmente endocrinologista ou urologista. O processo inclui:
- Anamnese detalhada: avaliação dos sintomas e histórico de saúde
- Exames laboratoriais: medição dos níveis de testosterona total e livre no sangue
- Exames complementares: em alguns casos, são solicitados exames de imagem ou análises hormonais adicionais
É importante destacar que os sintomas isolados não confirmam o diagnóstico, pois é necessário comprovar a alteração hormonal em exames de sangue realizados pela manhã, quando os níveis estão mais altos¹².
Tratamentos para testosterona baixa
1. Mudanças no estilo de vida
Em casos leves, ajustes simples podem ajudar a melhorar os níveis hormonais, como:
- Manter uma alimentação rica em proteínas, vitaminas e minerais
- Praticar atividade física regularmente, principalmente exercícios de resistência
- Dormir bem e evitar o estresse excessivo¹³
2. Tratamento medicamentoso
Quando necessário, o médico pode indicar a terapia de reposição de testosterona (TRT). Esse tratamento pode ser feito por meio de:
- Géis ou cremes
- Injeções intramusculares
- Adesivos transdérmicos
A reposição deve ser acompanhada de perto por um profissional, pois pode trazer riscos, como aumento da viscosidade sanguínea e efeitos sobre a próstata¹⁴.
3. Tratamento das causas associadas
Se a testosterona baixa estiver ligada a condições como obesidade, diabetes ou apneia do sono, o controle dessas doenças pode melhorar os níveis hormonais.

Consequências de não tratar a testosterona baixa
Ignorar o problema pode gerar complicações a longo prazo, como:
- Maior risco de doenças cardiovasculares
- Fragilidade óssea
- Piora da saúde mental
- Redução da fertilidade
Por isso, é fundamental procurar acompanhamento médico sempre que os sintomas aparecerem.
Conclusão
A testosterona baixa pode impactar diretamente a saúde física, emocional e sexual. Os sintomas de testosterona baixa incluem fadiga, perda de massa muscular, queda da libido e alterações de humor. Felizmente, existem estratégias eficazes para diagnóstico e tratamento, desde mudanças no estilo de vida até a reposição hormonal, sempre com supervisão médica.
Se você desconfia de alterações hormonais, não adie sua avaliação. Converse com um especialista, cuide da sua saúde e busque qualidade de vida.
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Referências:
1- Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
2- Mayo Clinic.
3- Harvard Health Publishing.
4- Cleveland Clinic.
5- American Urological Association.
6- National Institutes of Health.
7- Endocrine Society.
8- Diabetes Care Journal.
9- European Association of Urology.
10- FDA – Food and Drug Administration.
11- OMS – Organização Mundial da Saúde.
12- Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
13- Harvard Medical School.
14- Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
